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QUINTO MOMENTO: O DESEJO DE MUDAR

Mucuiú, motumbá, kolofé, saravá, axé,


Encerramos hoje série de postagens sobre a Iniciação e o que definimos por “momentos” de acordo com nosso livro “O mestre iluminando consciências”, publicado pela Ícone em 2002, páginas 55 e 56.


QUINTO MOMENTO: O DESEJO DE MUDAR

Este é o momento em que a pessoa decide mudar seus valores, penetrar na realidade, ir desvelando-a, matando os “monstros” internos do orgulho, da vaidade e do egoísmo.

Nasce para a Iniciação. Abraça e aceita a dialética do mundo e a transitoriedade da vida.

É o instante em que os vazios se fazem presentes, pois abdicou do mundo vulgar, porém não penetrou o mundo dos despertos.

Está no ponto zero, começará a construir (rememorar) valores mais ligados ao espírito, valores atemporais, é o início da verticalização dos pensamentos e sentimentos. É a busca da sintonia com as ideias consonantes do universo, com os Orixás.

Para aqueles que aceitaram sua condição de discípulo ou discípula, aguardam muitas conquistas regadas ao esforço pessoal, às vezes sobre-humano.

Penetram definitivamente no início da união dos opostos (corpo e espírito).

É o inconsciente aflorando, abrindo as portas do indeterminado, do atemporal, da eternidade... mostrando que o ser humano é o único responsável por seu próprio desenvolvimento (destino), capaz de desenvolver o autoconhecimento, a autorrealização e sua autocura, deixando evidente o Princípio Supremo da existência.

Passamos os cinco primeiros momentos, deixando os demais para aqueles que vivenciam a Iniciação; não nos cabe abrir as portas dos terreiros e templos. Não estamos dizendo com isso que eles não existam, mas sim que pertencem aos aspectos internos de cada escola das religiões afro-brasileiras.


Mãe Maria Elise Rivas

Íyá Bê Ty Ogodô

Mestra Yamaracyê

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